Os jacobinos tinham esse nome derivado do seu local de encontro, o Convento de S.Jacques, em Paris. Com o tempo o clube dos jacobinos tornou-se uma poderosa facção revolucionária, compostas pelos democratas mais ardentes e pelos revolucionários mais radicais, que terminaram por formar dentro do eclético corpo do jacobinismo militante, outras tendências, como a dos Cordelliers e a dos Feuillants. Politicamente eles representavam a massa dos sans-culottes, os setores mais pobres da sociedade francesa, os trabalhadores jornaleiros e parte considerável da classe média dos jornalistas, dos advogados e pequenos profissionais que, com o rugir da revolta, assumiram as posições mais extremadas. Inicialmente os jacobinos aceitaram a monarquia constitucional, mas depois, especialmente depois da fuga do rei, foram os mais ardorosos defensores de uma república revolucionária. Os seus líderes mais representativos foram Maximilien Robespierre, um parlamentar vindo de Arras; Georges Danton, o maior tribuno da revolução depois de Mirabeau; Louis Saint-Just, um jovem orador que encarnou os extremismos dos jacobinos; e Georges Couthon.

Brissot e Robespierre |
Os girondinos, por sua vez, eram os deputados de um departamento do interior da França, a Gironda, área próspera da costa atlântica, tendendo a representar os interesses comerciais e a visão de mundo da burguesia ilustrada, que oscilava entre a monarquia constitucional e a república. A posição deles a favor da conciliação com a monarquia os levou à perdição quando a França foi invadida e encontraram-se os documentos comprometedores da ação do rei. Os mais representativos deles eram o deputado Brissot e o Ministro Roland, em cuja casa, o salão da mme. Roland, reunia-se à elite revolucionária dos girondinos.